Crítica Guardiões da Galáxia


Pois então nerds malditos , após a massiva propaganda que a Marvel fez em cima de seu mais novo filme Guardiões da Galáxia, a expectativa aumentava a cada novo trailer lançado, enfim o longa metragem chega aos cinemas brasileiros, e adivinhem só, o filme é ótimo, divertido, colorido e repleto de cenas de ação que são inseridas de maneira orgânica no decorrer da trama.

Claro que o filme era um pouco arriscado, afinal o público comum não conhece os Guardiões da Galáxia, e qualquer aventura espacial sai um pouco caro para os bolsos do estúdio, felizmente o filme vai agradar a todos os tipos de espectadores graças a preocupação de James Gunn em oferecer personagens cativantes e carismáticos. A história começa quando o jovem Peter Quill (Chris Pratt) presencia a morte de sua mãe em estado terminal, ficando chocado com a perda, Quill é abduzido por uma nave alienígena e a partir daí o filme dá um salto de 26 anos no futuro onde já vemos um Peter adulto em busca de um objeto de fundamental importância para o destino da segurança da galáxia (revelarei mais detalhes na sala de perigo, uma espécie de zona de spoilers do nosso blog).

Em primeiro lugar o time de atores foi muito bem elencado para cada um de seus respectivos papéis , Chris Pratt funciona muito bem como protagonista conseguindo carregar o posto de líder da equipe com facilidade graças ao bom desenvolvimento emocional que o roteiro prepara logo no minutos inicias de projeção , desenvolvimento esse fundamental para que nos importemos com os personagens , Dave Bautista (Lutador da WWE) que aqui incorpora Drax , um alienígena musculoso de fala erudita  em busca de vingança. Bradley Cooper que empresta sua voz para ao guaxinim Rockett, que à primeira vista se mostra falastrão e confiante, sendo que na verdade é um ser carente e inseguro. Zoë Saldana ( Avatar , Star Trek ) mostra eficiência e determinação com Gamora sem precisar masculinizar a personagem (algo por exemplo que a atriz Michele Rodriguez vive fazendo). Sobre Vin Diesel não dá para falar muito sobre seu trabalho sendo que sua atuação se resume a falar “Eu sou Groot “em diversas tonalidades de vozes, mesmo assim o personagem é uma espécie de Chewbacca perfeito para a trama participando de uma das cenas mais emocionantes do filme.

Tecnicamente não dá para reclamar da produção do filme, desde o design dos cenários, ao elaborado figurino, tudo é colorido e chamativo, e ainda contando com um excelente trabalho de maquiagem prostética em um mundo repleto de criaturas de cores e aparências variadas. A trilha sonora é recheada de hits dos anos 70 ( um tremendo acerto) , algo que acaba roubando espaço da música composta pelo regular Tyler Bates. A fotografia é igualmente eficaz ao ressaltar a atmosfera dos diferentes ambientes desse universo fascinante.

Se hoje em dia Hollywood acha que mostrar um monte de destruição é suficiente para entreter, James Gunn é hábil ao dirigir cenas de ação de estilos diferentes como combates físicos, tiroteios e batalhas espaciais, nada de ficar enchendo a tela de explosões aborrecidas e sem sentido (Alguém ai lembrou de Transformers ?!). E claro, tudo no seu devido lugar, nada de cenas gratuitas, algo que mostra a segurança do diretor em não ficar com medo de deixar o público entediado.

Guardiões da Galáxia é mais um grande acerto da Marvel, um ótimo contraste para uma época em que os filmes de super-heróis sem preocupam demais em parecem sérios e realistas, resta agora saber como eles vão juntar um universo divertido como esse com o mundo mais pé no chão dos Vingadores.
 (5/5 estrelas)

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