Blur-The Magic Whip Critica


Já fazem 13 anos que o álbum 13 foi lançado , o ultimo que contava com a participação de Graham Coxon na guitarra de uma das bandas que ajudou a difundir o movimento Brit Pop , Blur , o problema é que como sempre existem brigas internas entre os integrantes , o núcleo criativo acaba sendo comprometido o que mudou o curso musical do Blur.E é por isso que The Magic Whip é um retorno especial da banda , porque aqui contamos com a formação original do Blur , algo raro , sendo que muitas bandas de carreiras longevas acabam sofrendo perdas significativas como por exemplo Oasis , Pink Floyd e até o  Metallica .

Ate então o que sabíamos era que a reunião da banda era incerta , o ultimo álbum lançado em 2003 foi o Think Tank que apesar de ser ótimo soa mais como um projeto solo de Damon Albarn com suspiros de Blur .Dizem que os motivos do guitarrista Coxon ter saído da banda era por causa das diferenças criativas entre ele e Albarn , Albarn sempre foi dono de gosto mais eclético , algo que ficou nítido no Gorillaz e em Everyday Robots , já Coxon sempre preferiu o rock folk indie . Claro que durante esse hiato de vez em quando eles lançavam alguns singles como a excelelnte Fool's Day e as criativas The Puritan e e Under The Westway. Blur sempre foi uma banda que não teve medo de reinventar o seu som , e para isso o álbum foi podado em Hong Kong , ja que as musicas ja tinha sido escritas , só precisavam de um retoque , claro que The Magic Whip tem canções que parecem b-sides de Parklife como Lonesome Street , e I Broadcast que relembra a pegada de Song 2 com direito a sintetizador e guitarra distorcida , mas a banda investe também em outro rumo como  o sci -fi folk em New World Towers  , uma surpresa esperada tendo em vista que o Blur nunca se acomodou em fazer canções mais do mesmo .

Damon aproveita para falar de politica e do cenário atual aonde nenhum lugar no mundo é seguro , o compositor testemunhou o atentado terrorista na loja de chocolate Lindt e dai saiu a psicodélica There Are Too Many Of Us , e Pyongyang fala a respeito de sua visita a misteriosa Coreia do Norte , acompanhada de riffs de guitarra quase sombrios e de um refrão melancólico , característica de Albarn que sempre foi hábil em escrever musicas mais tristes mas mesmo assim fascinantes , que ainda assim mostra sua criatividade em inventar melodias que grudam nos ouvidos , como a contagiante Go Out . Ong Ong segue a regra de musica de banda de garagem , com direito a acordes em violão , e com o grupo cantando Na Na Na em conjunto . A unica musica que não parece do grupo é Ghost Ship que apesar de ser muito boa , seria mais adequada em um álbum do Gorillaz , e My Terracoat Heart lembra Lonely Press Play , do álbum solo de Damon Albarn.

The Magic Whip é uma compilação do que o Blur tem de melhor , e  ainda consegue se adaptar aos gêneros distintos de seus compositores , desde já um dos melhores álbuns de 2015  , um grande retorno da banda que definiu o Brit Pop dos anos 90 e um ótimo contraponto em relação ao cenário atual de músicos que estão mais preocupados em falar de si mesmos ao invés do mundo ao seu redor .

Blur - The Magic Whip 4/5 estrelas

0 comentários: