Agora ambientado em São Paulo , mas uma vez estamos na pele de Max Payne , que trabalha como segurança particular de um empresario milionário que tem sua esposa sequestrada por uma cruel gangue de favela que não vai medir esforços para conseguir o dinheiro do resgate .A história se passa 20 anos apos os acontecimentos de Max Payne 2 , vemos um Max velho e meio gordo que ainda esta amargurado com o passado em New York , mas uma coisa ainda permanece nele , Payne é uma máquina de matar e tem muita habilidade para isso , o jogo inteiro brinca com o fato dele estar sob o constante de efeito de analgésicos e bebidas alcoólicas , hora ou outra a tela fica distorcida ou manchada e se nos jogos anteriores contávamos com o charmoso recurso de contar o enredo por meio de quadrinhos , em Max Payne 3 temos os bons e velhos cut scenes que tornam a experiência muito mais cinematográfica , recurso bem vindo , afinal os jogadores da nova geração estão acostumados com mega produções como Call Of Duty ou Uncharted , seria um retrocesso usar quadrinhos para desenvolver uma narrativa.
Todos os backgrounds do jogo são extremamente bem feitos , cenários ricos em detalhes e cheios de vida , e é ainda mais interessante ver esses belos cenários serem destruídos com os frenéticos tiroteios que tomam conta da tela , mas ai que reside o problema , a ambientação do jogo é bem claustrofóbica , é difícil controlar o Max para fazer piruetas em slow motion , sempre você vai acertar uma parede , então o jogador fica restrito a mais um shotter em terceira pessoa que resume ao comum tiroteio de murinho .Ate mesmo o sistema de cover não funciona muito bem , se em Gears of War basta segurar a seta para o lado para o personagem se mover para a parede ao lado , em Max Payne temos que controlar o personagem ate o local ficando exposto aos tiros , um tremendo descuido por parte da equipe técnica de desenvolvedores .Mas pelos menos a equipe respeitou a franquia deixando elementos old school no jogo como o sistema de life que só vai voltar se o personagem consumir analgésicos , nada de ficar escondido esperando que a barra se regenere , pena que o gameplay seja muito repetitivo , é tiro toda hora , chega a ficar enjoativo matar pessoas .Repleto de cenas extremamente violentas , outra característica da produtora , o jogo não poupa nenhum segundo o jogador da violência gráfica , mas é condizente com o universo da trama , porem não é muito agradável atirar em PMs e ainda torna-los em vilões do jogo e ate a cena que Max raspa a cabeça parece um pouco forçada .
A Rockstar Games sempre mostrou uma talento inegável para compor ou escolher a trilha sonora de seus jogos , e nesse caso temos mais um excelente trabalho da banda Health que revisita o icônico tema dos jogos anteriores utilizando sintetizadores e inúmeros efeitos eletrônicos , algo que evoca os sentimentos certos de maneira sutil , nada de musicas megalomaníacas ou exageradas.
Mesmo com esse defeitos o saldo ainda é positivo , e é bom saber que ainda temos jogos preocupados com a campanha principal , nada de ficar focando os esforços no multiplayer , enfim , mais um grande título para o excelente currículo da Rockstar.
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